Basicamente falando, investir é colocar dinheiro em um ativo (bens e direitos dos quais você espera um “lucro” no futuro) com o objetivo de obter um retorno vantajoso, na maioria das vezes em dinheiro, mas você também pode investir pensando em bens físicos, como um veículo por exemplo, que você recebe ao final de um consórcio. O investimento pode permitir a acumulação de riqueza e a geração de renda passiva, aquela que você recebe “sem dar horas de trabalho em troca”. Nesse texto conto um pouco sobre porque decidi começar a estudar sobre esse assunto e iniciar na prática.
Sumário do Conteúdo
Etapas que entendi para começar a investir
1 – Necessidade de mudança: no meu caso, eu só me abri a essa possibilidade de investir após passar por certas situações na minha rotina diária que começaram a me incomodar muito. Mas a virada de chave mesmo veio após uma perda gestacional e o início de uma nova tentativa de gestação. Mudar algumas coisas que estavam enraizadas dentro de mim fez com que eu me lançasse a novos desafios sem medo de arriscar;
2 – Conhecimento sobre educação financeira: algo que, hoje entendo, deveríamos aprender desde cedo na escola, não aquela matéria de juros simples e compostos e tal… a educação financeira é muito mais do que isso. Ela te ensina não só a fazer continhas, mas a administrar seu dinheiro da maneira correta, a utilizá-lo no lugar e no momento correto para que ele trabalhe a seu favor, sem que você tenha que trabalhar (claro que braçalmente, pois acredito que estudar também equivale a um tipo de trabalho).
Eu comecei a investir em conhecimento sobre investimentos: leituras, assistir vídeos, fiz curso. Enfim, pesei todos os prós e os contras. Atualmente existem vários sites e canais no Youtube que ensinam muito sobre o assunto.
3 – Definir objetivos: traçar metas e fazer um planejamento é essencial nesse caso. Meu objetivo maior hoje é chegar a um momento que terei uma renda passiva e poderei reduzir minha carga de trabalho, podendo assim ter mais tempo para mim e para meus filhos. Eu decididamente não quero passar o resto dos meus dias nessa vida corrida. Definir objetivos para investir também é fundamental para que você escolha os ativos que se encaixem no seu perfil.
4 – Organização financeira: foi necessário organizar minhas contas para entender onde eu estava empregando meu dinheiro e onde eu poderia economizar para que me sobrasse algum dinheiro para investir todo mês.
5 – Escolher uma corretora de investimentos: a corretora de investimentos é o meio pelo qual você vai entrar no mercado financeiro e visualizar as opções de investimento de acordo com o seu perfil de objetivos. Procurar entre as que não cobram certas taxas e sejam de fácil interação é o básico que você deve se atentar.
6 – Começar a investir: sabe aquela frase: “vai com medo mesmo”, meu início foi bem assim, eu fiz sem pensar muito. E também sem todo conhecimento necessário, mas eu fui. E começar foi libertador. Tirou essa minha trava de controle de tudo, de medo de perder meu dinheiro.
Eu aprendi que investir, como tudo na vida, sempre vai ter um risco, mas que tudo pode ser minimizado se fizermos tudo da maneira mais correta.
7 – Retorno e acompanhamento: Analisar se o seu retorno esta de acordo com o que você esperava e acompanhar periodicamente os ativos nos quais seu dinheiro se encontra empregado deve ser uma rotina constante, a fim de que você consiga tomar decisões de venda ou realocação se entender necessário.
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Minha virada de chave
Depois que passei por uma perda gestacional em 2022 de um filho que durante anos foi meu objetivo de lutar todos os dias, eu havia decido que não tentaria mais outro bebê.
Era uma decisão muito difícil para mim… era desistir de um sonho… de um plano de vida… mas naquele momento eu não tinha mais forças pra recomeçar uma luta, afinal eu tinha um diagnóstico de infertilidade eu poderia engravidar no mês seguinte como ocorreu… ou poderia levar anos novamente, e como já contei anteriormente, no meu primeiro post sobre intolerância à histamina, eu vivia sob uma restrição muito grande devido à suspeita da doença celíaca.
Eu passei por um longo processo até digerir tudo que eu havia vivido. Então eu decidi que eu precisava de outros objetivos na vida pra que eu não ficasse sempre remoendo a mesma história. Então eu decidi que focaria em estudar para tentar fazer um mestrado, isso me ajudaria a ter um aumento de salário no meu trabalho.
Mas ao mesmo tempo eu já não me sentia tão feliz assim com meu trabalho. Não com o trabalho em si… mas com algumas situações que aconteciam lá. E o que mais me perturbava: o fato de não viver meu dia… de não poder ficar mais com meu filho… de ficar o dia todo presa há um computador… isso é uma coisa já me incomoda há algum tempo e aumentou ainda mais depois de tudo que passei…onde eu presenciei a fragilidade da vida… e passei a dar mais importância ao que realmente importa pra mim.
Mas ter uma outra fonte de renda é algo que eu quero… até pelo fato de que não adianta eu ficar mais tempo com meu filho sem ter dinheiro pra fazer coisas legais ou passando dificuldade financeira.
Eu sou formada em contabilidade, mas confesso nunca pensei em me arriscar a investir ou a tentar outro modo de ganhar dinheiro. Mas uma coisa eu sei: eu não quero estar presa ao meu trabalho. Minha fonte de renda não pode vir somente dele… pelo contrário… eu quero depender cada vez menos dele. Por isso investir se tornou uma opção para mim.
Nesse mesmo período da minha perda meu sobrinho começou a mexer com o mercado de ações e meu cunhado também. Eu e meu marido começamos a nos interessar pelo assunto, começamos a ganhar algum dinheiro… outras vezes também perdíamos. O fato é que nessa época eu ouvi a frase que “cantou para meu ouvido”: você tem que aprender a ganhar dinheiro dormindo. E foi aí que eu vi a oportunidade de realizar exatamente o que eu queria… mas que não sabia como.
Foi então que eu decidi começar investir… sem pensar se daria certo ou errado, deixei meu medo de lado, usei comigo a estratégia que a tanto tempo uso com meu filho, de incentivar a mim mesma positivamente.
No entanto, eu não queria depender do conhecimento do meu cunhado e do meu sobrinho, até porque algumas perguntas que eu precisava eu não tinha resposta. Minha primeira preocupação foi… como declarar isso no imposto de renda? Por que será né! coisa de contadora eu acho!
O fato é que após fazer algumas movimentações sozinha e ganhar algum dinheiro (lógico que também perdi algum), a minha preocupação inicial de declaração fez com que eu continuasse vendo vídeos na internet e estudando sobre o assunto e me interessasse cada vez mais por ele.
O que estou achando sobre investir, na prática
Bom… eu iniciei meus investimentos na prática desde março de 2023, mas apenas em agosto eu fiz o curso que considero ter me ensinado realmente a investir. Em janeiro de 2024 comecei realmente a investir do jeito que acredito ser adequado ao meu objetivo e perfil. Desde então tenho tido meus retornos e espero que aumentem cada vez mais!
Meu único arrependimento é não ter começado a investir antes!
Eu não sou expert nisso, estou apenas começando, mas quero ir mostrando a vocês pouquinho a pouquinho minha evolução e quem sabe ir inspirando mais pessoas a ter um outro olhar sobre dinheiro e sobre como ganhar dinheiro.
Claro que investir não seria possível se eu não tivesse uma outra fonte de renda… que no caso é o meu emprego formal, mas minha ideia é focar pra ter cada vez mais rendimentos e depender cada vez menos do meu trabalho, assim eu posso “ganhar dinheiro dormindo” e ter a qualidade de vida que eu tanto quero.
Vejo que cada vez mais as pessoas se interessam por essa área, então me conte aqui se você já é uma investidora ou investidor e qual sua experiência?
