Muitos de nós nos preocupamos muito em oferecer uma educação escolar boa aos nossos filhos, mas acabamos nos esquecendo de que a educação mental é tão importante quanto, se não até mais.
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A Educação Mental
Criar uma criança mentalmente forte é criar alguém preparado para enfrentar todas as dificuldades que vierem pela frente. Uma pessoa que saberá como agir em todas as adversidades da vida. A educação mental cria uma pessoa capaz de tirar proveito das dificuldades e se posicionar sempre que for necessário. As crianças mentalmente fortes estão preparadas para os desafios do mundo.
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Não sei se muitos de vocês também são assim… mas eu sou uma pessoa cuja mente não para. Talvez pelo fato da ansiedade, meu filho também passa por isso, como eu disse aqui. Mas dificilmente minha cabeça fica em pausa. Eu converso comigo o tempo… faço reflexões sobre situações que vivo e vejo no decorrer do dia.
Agora então… depois que passei a dar valor a cada fato que acontece para que eu possa colocar na cabecinha do Gustavo um ensinamento importante eu fico mais ligada ainda!
Já tem uns dias que escrevi esse texto… e quero muito explicar o que estou querendo dizer na prática.
A cada bimestre a escola do meu filho abre um dia para que os pais possam ir à escola e conversar com a professora sobre o andamento deles do decorrer daquele período. Ontem foi um dia desses, e, geralmente, quando está tudo bem, sempre tento que ele vá comigo para escutar a professor falar.
Gosto que ele escute outras pessoas, para que ele não escute certas coisas só de mim.
Mesmo que haja algo que seja negativo a respeito dele, as minhas palavras, na frente da professora, são sempre que está melhorando cada dia um pouquinho.
Gosto que ele saiba como a escola percebe o desenvolvimento dele, até mesmo porque geralmente em determinadas coisas eu chamo a atenção dele, então quando a professora repete questões que eu já converso em casa ele vê que realmente deve levar aquilo em consideração. E geralmente ele leva.
Mas houve um tempo que ele se preocupava muito com tudo. Tudo para ele tinha que estar 100% certo. Seja desde ler… até fazer a tarefa… ou na hora de alguma atividade na escola. Ele várias vezes repetia as frases: Tem certeza que é assim mãe? Eu tenho medo de não conseguir.
Isso começou a me preocupar e eu comecei a ler um pouco sobre educação mental.
Então eu passei a enfatizar muito com ele o fato de que a gente não precisa ser perfeito em tudo… que está tudo bem errar às vezes, esquecer a tarefa às vezes…
Hoje falo que ele não precisa ser 100% perfeito, em nada, mas que se ele der o melhor dele com certeza ele fará bem tudo que se propor a fazer.
Enfim… voltando à conversa com a professora.
Ela me deu ciência de como ele estava indo na escola e no final da conversa virou para mim e disse pra eu escolher um coraçãozinho dentre os vários que ela havia colado no quadro.
Cada coração tinha um docinho e uma palavra colados. Haviam várias delas… e eu olhei todas as palavrinhas e entre elas eu escolhi a confiança.
Quando eu saí da escola e estávamos esperando o meu esposo voltar do supermercado e pegar a gente ele virou pra mim e disse: mamãe! Por que você escolheu a confiança?
Eu vi ali naquela hora uma oportunidade de ensinar algo importante para ele. Depois de alguns segundos respondi:
Porque hoje a mamãe é uma pessoa muito confiante nela mesma. Mas nem sempre foi assim.
Quando a mamãe era criança a mamãe sempre achava que as outras crianças eram mais legais que ela, tinham coisas mais legais, eram mais inteligentes.
Mas quando a mamãe foi crescendo a mamãe entendeu que ela não precisava ser igual às outras crianças e que se ela estivesse feliz estaria tudo bem.
A mamãe passou a confiar nela mesma e a não ligar para o que os outros falassem. Mesmo que falassem algo ruim da mamãe.
Fiz a minha parte… plantei a sementinha nele.
Eu sei que ele vai passar por muitos momentos em que terá que encarar situações assim na vida. Eu passo por várias no meu trabalho até hoje.
Muita gente pergunta… nossa mas porque você não compra um carro? Porque você não pinta a unha?
Pior ainda quando as pessoas ficam: nossa! mas você não come nada… olha se você comer só um pouquinho não vai fazer nada…É impressionante como as pessoas se sentem no direito de questionar atitudes da sua vida como se fosse a vida delas.
E o pior é que elas sabem da minha dificuldade alimentar. E isso acontece até dentro da minha própria família.
Mas quando eu sei o que eu quero não há nada que me deixe pra baixo. Simplesmente ignoro e pronto.
Foi assim quando eu passei por várias restrições para conseguir engravidar.
Muita gente, por vergonha, se obriga a situações que não gostaria, unicamente para “ser igual”, mas hoje o que mais me orgulho de mim é meu total desapego nesse “ser igual”.
Depois que meu filho me perguntou aquilo, eu comecei a refletir um pouco sobre mim mesma…. sobre como eu evolui emocionalmente na minha vida.
Hoje sou uma pessoa decidida, protagonista da própria vida, ativa nos seus sonhos, confiante, segura, desapegada, agradecida, que não se importa com o que os outros vão pensar. Isso é libertador!
Eu não fui estimulada desde criança a desenvolver essas qualidades. Não se falava em educação mental antigamente.
Mas quero que meu filho possa receber de mim toda ajuda que precisa pra que ele sim possa entender desde cedo como essas atitudes fazem diferença na vida da gente.
Muitas das experiências das quais eu vivi na vida foram encaradas sempre pelo lado ruim. Hoje aqui em casa é justamente o contrário… sempre se incentiva a ver o lado bom das coisas, mesmo que haja um lado ruim.
Hoje educo meu filho de maneira totalmente oposta à que eu recebi com relação à autoconfiança dele.
Todos os dias, sempre que tenho oportunidade, alimento isso nele.
Essas atitudes, que às vezes no dia a dia parecem pequenas, fazem uma diferença enorme, no decorrer dos dias e dos anos, na vida de quem a gente deseja tão bem!