A dieta de baixa histamina é necessária sempre que haja a necessidade de diminuir seu acúmulo no organismo. Ela é feita retirando-se a causa do problema, ou seja, os alimentos e substâncias que fazem com que seu corpo reaja produzindo mais histamina. Diminuindo a produção seu corpo tem menos “trabalho” de degradação, e, consequentemente sente menos sintomas.
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Alimentos que aumentam a produção de histamina
A dieta de baixa histamina deve ser feita retirando-se alimentos que são ricos em histamina ou que aumentam a produção dela no nosso corpo. É uma lista bem extensa, e, inclui desde alimentos que não são considerados saudáveis, como industrializados, até alimentos muito nutritivos. Além disso ainda é preciso evitar substâncias que bloqueiam a enzima que degrada a histamina, como álcool e alguns chás.
Alguns desses alimentos são: Morango, banana, abacate, beringela, nozes, vinagre, laranja, limão, abacate, café, queijos curados, tomate, bebida alcoólica, enlatados, feijões, chocolate e vários outros.
Hoje em dia alguns nutricionistas que estão mais voltados às áreas de alergias listam alguns dos principais alimentos, como os que encontrei aqui. Eu poderia citar vários exemplos aqui, mas nada seria mais completo do que a lista que consta neste link, ainda que ela não seja exaustiva e dependa da reação de cada um.
Eu havia citado esse grupo já no meu primeiro post a respeito da intolerância a histamina, o site citado foi criado e está sendo atualizado e administrado por um grupo de autores, que são pessoas também afetadas pela intolerância a histamina, sem qualquer formação médica, mas que vão descrevendo a possibilidade e a intensidade da reação de várias pessoas diante do consumo de determinados alimentos.
Minha nutricionista sempre diz que as características dos alimentos podem variar de região para região, e como vocês poderão ver essa listagem vem de outro país, além disso, o modo de produção e tempo de colheita até o consumo também podem alterar o teor de histamina de cada um. Por isso é muito importante que seu tratamento tenha o acompanhamento de um profissional qualificado.
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Dieta de baixa histamina na prática
Bom… aqui eu contei a vocês como foi a minha trajetória até o diagnóstico de intolerância à histamina. Sabendo a causa dos meus problemas e estando nas mãos de uma super profissional nessa área eu pensei: Pronto! Agora tudo estará resolvido! Só que não!
Quando você começa a fazer a dieta de baixa histamina você não sabe se está fazendo tudo corretamente ou não, o norte que você terá é a diminuição dos seus sintomas.
Eu não encontrei muita informação sobre a intolerância a histamina. Aqui no Brasil tudo ainda é muito vago e superficial. Consegui contato com uma pessoa no Instagram, conversei um pouco com ela e passei a segui-la, mas logo vi que a realidade dela era totalmente diferente da minha. Encontrei muito mais informação e tive muito mais retorno de contas de pessoas de outros países onde essa condição já é conhecida a mais tempo.
Achava eu que era só seguir a dieta de baixa histamina e as suplementações conforme a nutricionista orientasse e meus problemas estariam resolvidos, no entanto não foi bem assim que aconteceu. Foi aqui que eu tive a certeza de que mesmo que você tenha o diagnóstico de intolerância à histamina e uma dieta de baixa histamina a ser seguida seus problemas não estão resolvidos. Isso porque cada pessoa reage diferente aos alimentos.
Quando eu busquei a nutricionista meus exames mostravam algumas taxas muito baixas. Então ela me passou uma rotina de alimentação a ser seguida, inclusive com chás anti-histamínicos, e também a suplementação necessária, e, alguns fitoterápicos, que também teriam essa utilidade.
Mas logo no início do uso de algumas das suplementação eu logo via que, mesmo que aquilo fosse indicado para quem tem intolerância a histamina, para mim não funcionava. Pelo contrário, até pioravam meus sintomas.
Se você fizer uma busca rápida na internet sobre o tema você vai encontrar que os principais sintomas podem ser:
– Gastrointestinais: nunca tive nenhum;
– Cutâneos: tive dermatite a vida toda;
– Respiratórios: sempre tive muitas crises de rinites e sinusites;
– Neurológicos: a maioria dos sintomas citados, como dor de cabeça e confusão mental eu nunca tive. Os espasmos nunca encontrei alguém citando e são os mais aterrorizantes pra mim é muito estranho sentir seu corpo mexer involuntariamente;
– Cardíacos: sinto recorrentemente palpitação e minha pressão sempre foi baixa;
– Outros: ansiedade que sempre tive já usei inclusive medicação e insônia que as vezes também eu tinha.
Dentre todos esses os que mais me incomodam são os espasmos e a ansiedade.
Voltando ao caso da dieta e suplementação… logo eu descobri que tudo seria bem mais difícil do que eu pensei pois eu já sabia que algumas suplementações pioravam minha coceira, era tomar de dia e a noite eu sofria. Mas eu não tinha ideia que outras vitaminas comuns como vitamina D e cálcio pudessem também fazer isso, e mais, que os próprios fitoterápicos que seriam pra me ajudar também me dariam reações. E como descobri isso?
Muitas vezes ao acaso, quando alguma suplementação acabava e eu ficava uns 3 ou 4 dias sem e logo via melhora. Mas no geral foi com a orientação nutricional.
Tivemos que fazer todas as minhas suplementações separadas… cada uma em uma cápsula e aí eu ia testando uma a cada 3 a 5 dias, se eu suspeitasse de algo diferente já parava, no entanto, é uma coisa meio difícil, as vezes eu até testava novamente, pois só a ansiedade gerada na possibilidade de o suplemento fazer mal já pode gerar o aumento de histamina e confundir as coisas.
Eu sempre tomei suplementações, e raras as vezes, fiquei 100% da dermatite. Coincidentemente quando eu tinha qualquer melhora era o período de um a dois dias em que eu ficava sem tomar alguma delas e foi aí que eu percebi como isso seria difícil, pois na listagem que eu seguia a única restrição entre as substâncias que eu tomava era o ácido fólico.
Isso pode explicar o fato de eu ter engravidado naturalmente após 3 procedimentos de reprodução assistida que falharam. Foi quando eu deixei de tomar todas as minhas suplementações.
No caso dos fitoterápicos foi a mesma coisa… ao tomar eu mal conseguia descansar no sono de tantos sonhos e despertares que eu tinha… retirando havia a melhora.
O mesmo eu fiz com os alimentos que eu tinha mais dúvida, principalmente os chás. E como eu também sou alérgica a níquel no meu caso algumas reações também podem ter essa causa, embora eu perceba que no final das contas o que fala mais alto é a histamina. Ao longo do tempo eu fui me conhecendo.
No final das contas, como nesse momento meu coração já pensava em tentar meu arco-íris, algumas das minhas taxas não subiam, mesmo suplementando, então fizemos o teste com injetáveis e deu muito certo, não tive nenhuma reação e normalizei meu organismo. Hoje além da dieta de baixa histamina e da suplementação que já sei ser mais segura fazemos uso dos injetáveis quando preciso de algo que não posso tomar.
A gestação tem sido um momento difícil nesse sentido. Mais tarde quero contar pra vocês como estou passando por isso.
Afinal a dieta de baixa histamina funciona?
Sim. A dieta de baixa histamina é, de fato, a única maneira, atualmente, de você regularizar os níveis de histamina no seu corpo. Falo isso porque estou gestante, e fazendo uso de medicação anti-histamínica, e mesmo assim ainda tenho focos de dermatite. Focos que eu não tinha quando podia tomar normalmente a suplementação passada pela nutricionista e seguia minha dieta de baixa histamina.
Em alguns momentos eu também podia fazer uso da enzima DAO, isso me ajudava nos momentos de consumir algum alimento que seria mais prejudicial. Na gestação minha nutricionista não liberou a utilização.
O que eu gostaria de deixar como conselho a vocês é: se você tem alguma queixa em relação ao seu corpo não deixe de procurar um profissional especializado para te ajudar. Eu nunca imaginei que simplesmente tomar vitaminas poderiam causar algum dano ao meu corpo… e hoje eu sei como faz.
Também não tinha noção que cada corpo funciona diferentemente no caso das reações. Na intolerância a histamina tudo é muito individual. Por isso é muito importante alguém que te acompanhe de perto.
Quando você está amparado por um profissional que entende do assunto ele vai administrar uma dieta baseada em fases, e aos poucos vai incorporando alimentos que você tolere. Por isso pode ser que você consiga voltar a consumir alguns desses alimentos.
E você? Tem alguma experiência com essa dieta?