Primeiro eu quero te falar que a reserva ovariana é quantidade de óvulos (célula necessária para a geração de um ser humano) que uma mulher ainda possui em seu ovário em determinada idade. A baixa reserva ovariana se caracteriza pela diminuição dessa quantidade de óvulos, podendo levar à infertilidade e a menopausa precoce. Veja nesse texto como eu soube que tinha uma baixa reserva ovariana e como agi para conseguir engravidar mesmo com esse diagnóstico.
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Porque algumas mulheres tem baixa reserva ovariana?
A baixa reserva ovariana pode ocorrer por vários motivos. A idade é um dos principais. Toda mulher nasce com uma quantidade exata de óvulos e com o passar do tempo a quantidade, assim como a qualidade desses óvulos, vai diminuindo.
A partir dos 35 anos a reserva ovariana começa a cair mais rapidamente, por isso sempre ouvimos dizer que quanto mais idade tiver a mulher mais difícil a gravidez.
No entanto, após entrar nesse mundo de tentantes, eu conheci muitas mulheres novas que tinham dificuldade de engravidar devido a baixa reserva ovariana.
Foi então que eu descobri que outros fatores também poderiam contribuir para a baixa reserva ovariana, como condições genéticas, mulheres que já fizeram tratamento de quimioterapia e radioterapia, algumas cirurgias ovarianas (geralmente se tira uma parte desse órgão), no meu caso mesmo retirei um dos ovários aos 28 anos, e ainda existem outros fatores como endometriose e doenças autoimunes.
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Como diagnosticar a baixa reserva ovariana?
Quando eu fiz minha cirurgia de retirada de ovário, na última consulta, eu me lembro que o médico disse: olha… se você quiser ter filhos não demore. Mas ele não me explicou o porquê.
Quando eu fui para clínica de reprodução assistida, como contei um pouquinho aqui, é que eu realmente soube o que ele quis dizer com aquela frase.
Ao iniciar o tratamento o médico pede vários exames, no meu caso pediu um específico para saber a reserva ovariana, que é o exame anti-mulleriano. Existe uma faixa ideal para cada idade, mas um valor abaixo de 1,00 já é considerado como uma baixa reserva.
Hoje eu sei que é possível ter uma noção se ela está alta ou baixa também por outros exames, como o FSH. Esse hormônio tem seu pico na liberação do óvulo no período fértil, quando mais alto ele estiver sinal que nosso corpo está precisando de mais “combustível” para que esse óvulo ecloda.
Também é possível fazer a contagem de folículos acompanhando, através de um ultrassom vaginal, o número de óvulos que estão crescendo desde o início do ciclo até o período fértil. Quanto mais folículos estiverem sendo recrutados sinal de melhor reserva ovariana.
No meu caso, já em 2017, aos 30 anos, e após a retirada de um dos ovários, minha reserva ovariana era de 0,9, ou seja, já era considerada baixa.
A baixa reserva ovariana interfere na minha fertilidade?
Sim. Com certeza quanto maior a quantidade de óvulos disponíveis maior a chance de você ovular todos os meses e engravidar mais rápido.
No entanto, mais importante que a quantidade de óvulos é a qualidade deles. Ela refere-se à sua capacidade de ser fertilizado por um espermatozoide, desenvolver-se em um embrião saudável e resultar em uma gravidez bem-sucedida.
Muitas mulheres portadoras da síndrome do ovário policístico possuem uma reserva ovariana mais alta que o normal, devido não ovularem todo mês, e às vezes isso também prejudica a qualidade deles.
É possível melhorar a qualidade dos óvulos?
Sim. É possível melhorar a qualidade dos óvulos.
Como eu disse acima, em 2017, na minha primeira tentativa de inseminação minha reserva ovariana era de 0,9. Quando eu voltei à clínica em 2020 esse valor já estava em 0,6 mas, devido alterações nos meus exames, eu apenas fiz a primeira tentativa no meio de 2021 e a última em março de 2022.
Eu achei que não daria mais para tentar a inseminação, que devido à baixa reserva os folículos não cresceriam. Mas, eu fazia suplementação específica para melhorar a qualidade deles desde 2020, bem como mudanças na alimentação e atividade física. Tive êxito em todas as tentativas, os óvulos cresceram e eclodiram, mas não houve a gravidez, hoje acredito que devido aos meus outros diagnósticos de alergias e intolerância à histamina.
Como eu mantive meus bons hábitos e sempre tive ajuda de nutricionista acredito que isso tenha sido essencial para depois disso eu ainda ter engravidado duas vezes e de forma natural.
Um profissional voltado para a área de fertilidade vai saber indicar todas as suplementações específicas para melhoria da qualidade dos óvulos. A Coenzima Q10 e algumas vitaminas são exemplos de suplementos usados para esse fim.
Conclusão
Ter uma baixa reserva ovariana não significa necessariamente que você não conseguirá engravidar. Enquanto você estiver ovulando há chances.
Ter poucos óvulos mais ter óvulos de qualidade sim é essencial para isso.
A qualidade dos óvulos é influenciada por vários fatores que podem ser genéticos, idade, saúde geral e estilo de vida.
Em muitos casos é possível obter uma melhora da qualidade dos óvulos através de melhorias no estilo de vida e fazendo uso de suplementações adequadas.
Atualmente, com o apoio médico adequado e a disponibilidade de tratamentos de reprodução assistida muitas mulheres realizam o sonho da maternidade mesmo com esse diagnóstico.
Mas é sempre importante lembrar. Não significa que você pode esperar o tempo que quiser. Saiba um pouco mais sobre esse assunto aqui.