A Ansiedade infantil, assim como a ansiedade em uma pessoal adulta, muitas vezes é de difícil percepção pelas pessoas que estão ao redor. As crianças geralmente são agitadas, não obedecem com facilidade, muitas “explodem” em muitas situações, então, dependendo do grau de observação dos pais ou cuidadores é difícil identificar algo mais sério. Neste post você vai saber alguns sintomas que chamaram a minha atenção em relação ao quadro do meu filho.
Sumário do Conteúdo
Sintomas percebidos
A Ansiedade pra mim nunca foi algo desconhecido. Hoje sei que desde criança eu tenho sintomas, inclusive tenho lembranças de certos momentos. Como eu passo por isso ao longo da minha vida e já tive que lidar várias vezes com esse sentimento sufocante não foi difícil perceber que meu filho passava pela mesma situação, no entanto, a ficha apenas caiu após o sintoma do tique do olho, como eu contei no post Ansiedade Infantil: Capítulo 01 da nossa Jornada.
A ansiedade infantil pode se desencadeada por medos excessivos, traumas, mudanças repentinas entre outras. Aqui em casa todas as vezes que ele estava bem e novamente teve crises foram momentos em que alguma coisa aconteceu e ele não soube como lidar com aquilo. Atualmente tentamos ajudá-lo com uma medo que ele desenvolveu não tenho ideia como, mas que há mais de um ano vem sendo o maior motivo de ansiedade dele até então. Vou falar disso mais a frente aqui.
Uma pessoa ansiosa sempre apresenta algum tipo de comportamento típico. O tique do olho não foi o único sintoma que tivemos por aqui. O primeiro sintoma que me incomodava e me incomoda até hoje é o fato de ele ficar “catando” bolinhas do meu braço pra ficar arranhando… ele não pode encostar em mim que é a primeira coisa que ele faz. Eu sei que é normal crianças menores fazerem isso quando estão conhecendo as texturas… mas ele já não está mais nessa fase.
Ele também é uma criança de pouquíssima paciência. Esperar é algo que ele não sabe. Também pode ser normal até um certo ponto, mas até onde eu entendi até agora é o somatório de sintomas que pode indicar ou não se essa é uma manifestação da ansiedade infantil.
Também notava muito nele o fato de ranger os dentinhos a noite, enquanto dormia. Coisa que até hoje acontece.
Mas como disse, as crises aqui em casa, sempre acontecem devido alguma situação mais desafiadora para ele. Nossa segunda experiência nesse caso trouxe um comportamento bem tópico meu, em situações em que eu estava muito ansiosa. O fato da dificuldade na respiração.
Eu comecei a notar o fato de ele prender a respiração algumas vezes. Eu notava muito isso a noite na hora dele dormir… ele tinha muita dificuldade em pegar no sono… então as vezes eu chegava a ficar uma hora na caminha dele tentando fazer com que ele dormisse. Coisa que antes não tínhamos esse problema.
Eu notava que ele parava de respirar por alguns segundos e depois retomava. Comecei a perceber também que a respiração profunda começou a ocorrer várias vezes durante o dia.
Eu via a dificuldade de respiração dele a todo momento. Eu sabia que ele estava com alguma dificuldade, só não sabia exatamente o que era. Esse era o ano que ele havia iniciado na escola e ainda tinha alguma resistência em ir. Então eu sempre perguntava a ele o que havia acontecido na escola naquele dia, se ele ou alguém havia chorado… tudo pra tentar arrancar dele algo que pudesse estar atormentando o pensamento dele.
Eu sempre conversava muito com ele, desde muito pequeno. Foi então que em um certo dia ele disse pra mim que ele havia visto um vídeo de um neném que não tinha braços nem pernas.
Foi então que eu percebi, pelo jeitinho dele falar que era aquilo ali que havia causado esse medo nele que acabava gerando toda essa ansiedade.
Ele não vê esse tipo de vídeo comigo…mas eu não tinha como controlar a priminha dele nem as pessoas que cuidavam dele as vezes.
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Como consegui ajudar
Meu pequeno tem uma facilidade enorme de aprender as coisas, mas ele tem uma coisa muito minha: ele precisa ver para crer. Então é muito difícil ele se contentar apenas com palavras.
Foi então que eu tive que pensar como eu faria para que ele pudesse ver na prática o que eu iria falar para ele.
Eu disse que muitas das coisas que a gente via nos vídeos da internet eram mentira, que no computador dava pra fazer muitas coisas que pareciam verdade mas que não eram… então eu baixei um programa que tinha a capacidade de fazer certas modificações em vídeos e mostrei um exemplo a ele.
Assim ele fixou na cabeça dele que a gente não pode acreditar nos vídeos que vemos na internet e isso é uma convicção que ele tem até hoje, embora algumas coisas, normais da idade, ainda lhe causem medo.
Também conversei com todos que tinham contato com ele pra que não mostrassem esse tipo coisa porque ele era apenas uma criança e se impressionava muito fácil com o que via.
Uns 15 dias depois ele já estava bem melhor. Diferente do olhinho que precisou da medicação.
Eu sempre tento ajudar quando esse tipo de situação ocorre, mas nem sempre é fácil, e nem sempre eu consigo tirar essa imagem de medo da cabeça dele com facilidade. Então recorremos à psicologia.
Nos próximos posts eu vou contar a vocês sobre outras duas situações que foram muito sofridas aqui em casa e que eu tive que me reinventar pra poder ajudá-lo. Eu sei que às vezes são situações que parecem ser bobas… mas que na cabecinha deles se tornam problemas enormes.